quinta-feira, dezembro 31, 2009

Mitos acerca do Criacionismo

1. "Criacionistas não acreditam que as espécies variam"

Uma muito popular caricatura dos criacionistas é a de que eles ensinam o fixismo (a crença de que as espécies não variam). Como as espécies obviamente variam, os evolucionistas adoram levantar este argumento-palha como forma de vencerem um debate que nunca o foi verdadeiramente.

Antes da publicação do livro On the Origin of Species por parte de Darwin, alguns cristãos de facto afirmavam que as espécies eram imutáveis. Convém no entanto ressalvar que parte do problema se deve ao facto da palavra "espécie" possuir na altura uma definição ligeiramente distinta daquela que usamos hoje. Como se isso não fosse suficiente, não havia razão alguma para inicialmente se assumir o fixismo.

Os criacionistas há muito que se maravilham com a diversidade existente dentro do tipo-criado (ou "baramin"). Nós sabemos que as espécies variam, mas o problema (para os ateus) é que a variação que a ciência observa é sempre dentro do mesmo tipo. Por mais que se variem gatos, eles hão-de sempre ser gatos e nunca cães ou elefantes. Os ateus, por outro lado, acreditam que, desde que haja variações, tudo é possível. Parece que a genética mendeliana não ainda não foi bem aceite pela comunidade ateísta.

A variação das espécies por meio da selecção natural (e mutações) está perfeitamente de acordo com a Bíblia. Estas variações não são evidência de "evolução em acção", mas sim mais um testemunho da variabilidade que Deus programou nas formas de vida (aumentando assim as suas hipóteses de sobrevivência nos mais variados ecossistemas deste mundo marcado pela Maldição do Pecado).

Ver também:

1. Adaptação não explica evolução

2. Variação genética não é evolução


2. "A Teoria do Design Inteligente é Criacionismo"

Embora alguns crentes ateus afirmem que o Movimento do Design Inteligente (MDI) é um cavalo de Tróia para o ensino do criacionismo nas escolas públicas, os cientistas envolvidos no MDI não são necessariamente cristãos, e muito menos criacionistas.

O Criacionismo começa com a crença de que a Bíblia é a Infalível Palavra de Deus. A Bíblia oferece-nos o suporte ideológico na base do qual nós melhor podemos interpretar mundo. Uma vez que a Bíblia ensina que existe Um Criador (Génesis 1:1) e que a Terra é jovem (Êxodo 21:11), os criacionistas baseiam as suas pesquisas sobre estes fundamentos.

Por outro lado, os cientistas envolvidos no MDI afirmam que alguns aspectos dos seres vivos (e do universo) são melhor explicadas como tendo uma Causa Inteligente. A Identidade do Criador ou a questão da Bíblia ser ou não ser a Palavra de Deus são irrelevantes para o MDI.

Embora os criacionistas possam concordar com alguns aspectos da teoria do Design Inteligente, aqueles que o identificam como sendo equivalente ao Criacionismo Bíblico provavelmente não estão familiarizados com nenhum dos dois.


3. "A Bíblia não é um Livro de ciência"

A Bíblia não é um Livro de ciência no sentido de descrever minuciosamente e matematicamente como é que as leis da ciência operam. No entanto, apesar de não ser um Livro de ciência, a Bíblia faz um leque de declarações que aludem a princípios científicos, e quando o faz, a Bíblia mostra-se factual.

Se a Bíblia contém a verdadeira história do universo, como inspirada por Aquele que criou o dito universo, então fazer-se trabalho científico sem se levar em conta a cosmovisão Bíblica vai conduzir os cientistas a conclusões falsas ou imperfeitas.

Não é preciso ir muito longe para se encontrar evidências para isso. As tentativas ateístas em explicar a origem da vida na Terra estão literalmente envoltas em cenários confusos, mutuamente exclusivos ou não-científicos. Essa situação deve-se não a falta de empenho dos cientistas ateus, mas na rejeição da Bíblia como Descrição Autoritária das origens da vida.

Um cientista ateu pode fazer descobertas fantásticas sem acreditar na Palavra de Deus, mas um conhecimento mais integral do mundo natural começa com Génesis.

Convém ressalvar um dado importante: o facto da Bíblia não ser um Livro de ciência até pode ser um elogio se levarmos em conta que, na "ciência", o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira (Piltdown Man, Nebraska Man, etc). Por outro lado a Palavra de Deus mantém a Mesma: Fiel, Transformadora e portadora de Esperança num mundo marcado pelo desespero.


4. "Os criacionistas possuem uma visão limitada/literal da Bíblia"

Isto é parcialmente verdade. Os criacionistas, tal como a maioria dos cristãos, acreditam que Deus deu-nos a Bíblia para ser entendida. Como nós acreditamos que Deus não só não mente, como também deu-nos a Bíblia para nos instruir, nós assumimos que a Sua Palavra é clara e exacta. Por outras palavras, não há razão para se pensar que nós temos que interpretar o "verdadeiro sentido" de palavras e frases que foram ditas com intenções históricas.

Por outro lado, a Bíblia não foi escrita só com um estilo literário. Estão presentes nas Sagradas Escrituras vários estilos: narrativa histórica, poesia, figurativo, e outros mais. O Próprio Senhor Jesus Cristo, Aquele que inspirou os profetas e os santos através dos séculos, era Adepto das hipérboles e das parábolas.

Portanto, os criacionistas interpretam a Bíblia de forma directa. Nós não aceitamos como literais as descrições poéticas (nós olhamos para elas tal como elas são) e nem aceitamos como "poesia" as narrativas históricas (Génesis 1 e Génesis 7-9).


5. "O criacionismo já foi refutado"

Em vez de se envolverem num debate cordial com os cépticos do evolucionismo, muitos crentes ateus preferem anunciar arbitrariamente que a teoria da Criação já foi refutada e como tal, recusam-se a ouvir qualquer tipo de discussão. No final de contas, o criacionismo é uma ideia "velhinha" que já foi substituída nas escolas, universidades e nos órgãos de informação maciça - na sua grande maioria - pela teoria da evolução .

O problema é que a realidade dos factos é exactamente a inversa a que os crentes ateus mantém. A teoria da evolução já estava refutada mesmo antes de Darwin ter nascido uma vez que Aquele que criou o universo revelou ao mundo como é que Ele criou (e não foi através dos não existentes milhões de anos).

Eu gosto muito da forma como a Bíblia King James Version (KJV) que tenho em casa põe as coisas:

"Created (Heb. bara'): This verb is used exclusively with God as its Subject. It referes to the instantaneous and miraculous act of God by which He brought the universe into existence. Thus the Genesis account of Creation [a única verdadeira] refutes atheism, pantheism, polytheim and evolution" - página 5
Antes mesmo de ter sido postulada, a teoria da evolução já estava refutada. Isto não é de admirar porque Deus "chama as coisas que não são como se já fossem" (Rom 4:17) e Ele sabia que mais cedo ou mais tarde o ser humano haveria de postular mitos como forma de justificar a sua rejeição do Criador.

A verdadeira questão aqui não é uma de evidências ou a falta delas, mas sim de ramificações espirituais. Se Deus é o Criador, então Ele é também o Juiz Supremo (o Ponto de Referência Absoluto para a moralidade).

Ao assumir que a Criação foi "refutada", a teoria da evolução não só permite que muitas pessoas neguem a autoridade de Deus, mas também "ajuda-os" a ignorar as evidências óbvias deixadas pelO Criador (Romanos 1:20).

5 comentários:

No fundo o moderno criacionismo da terra jovem está cada vez mais próximo das observações.
Não aceitam a evolução como um processo gradual de milhões de anos mas aceitam-no rápido e sem acrescentar informação genética.
Aceitam a abiogénese, como a ciência, mas com a diferença de considerarem que os seres vivos aparecem já formados e funcionais e não do mais simples para o mais complexo.
Resumindo:
A ciência fala de períodos muito longos para a passagem de matéria inorgânica para orgânica e da sua evolução gradual. Degradação lenta da paisagem e de tempos geológicos.
O C.T.J. duma criação abrupta e recente (6000 anos) uma extinção em massa (há 4400 anos), uma época glaciar depois disso, e da proliferação das espécies a partir de casais idos na arca ( por processos de selecção natural)num período tão curto de tempo que Noé já tinha derivados de petróleo para calafetar a arca e os relatos contemporâneos ao dilúvio falam duma grande diversidade de animais e plantas.
Isto implicava uma velocidade de especiação das espécies (por selecção natural) extremamente rápida. Um dilúvio há 4400 anos e em poucos anos uma variedade notável de espécies novas a surgirem.
Não me parece que este seja o caminho para o CTJ.
Aceitar a especiação como uma forma acelerada de selecção natural em meia dúzia de anos não me parece que seja o caminho.
As cedências ao naturalismo e à ciência não vão ajudar o CTJ.
Não é preferível postular que depois do dilúvio deus separou as espécies e as colocou nos seus ecossistemas por processos sobrenaturais?
Da mesma forma que a ave que Noé solta traz um ramo de oliveira, claramente um milagre porque nenhuma oliveira tinha sobrevivido, e se sobrevivesse a pomba teria muito mais que fazer que trazer um ramo de algo não comestível?
A teoria dos milagres sucessivos parece-me mais simples e elegante que procurar explicações naturalistas.

Não sei qual maior milagres teriam de acontecer,em que o "nada" originou matéria,está matéria "explodida" a gerar estrelas,galáxias..a terra, a VIDA complexa,com informação complexa e especificada.O CTJ bíblico é muito mais lógico e racional que o "processo imaginário da evolução"pois parte do pressuposto de um SER INTELIGENTE a criar e dar ordem ao universo,e quanto a voces,pressupõem que o "NADA" lançado ao acaso formou estruturas complexas,informação complexa e especificada e a VIDA.Não sei qual das duas formas de ver o universo é mais incongruente.Para mim a evolução é um atentado a racionalidade.

Jonas :

Concordo plenamente!

Uma organização tão básica do universo, só com hidrogénio nunca iria dar origem a nada , pelo menos no inicio, tão complexo que desse origem à vida.

Aí concordo.

Só mesmo com muito tempo adicionado a isso.

E, penso eu !

Se houve mesmo uma causa inicial?

Ela se extinguiu com a criação ? Continuou a exercer algum efeito?
Era consciente ?

São questões pertinentes.

O tempo sempre foi o grande tapete dos evolucionistas para jogar-se a improbabilidade e as "coincidências"(princípio antrópico)para baixo dele.Assim como falam do DEUS das lacunas,assim é o deus tempo e acaso.

Questão interessante sobre a causação."Porque existe algo em vez de nada?"(Leibiniz).Esta questão parece ter uma força existêncial profunda."Liebiniz respondeu esta questão que algo existe em vez de nada,porque existe um ser necessário que carrega consigo sua razão para existência e é a razão suficiente para a existência de todo ser contingente."Procure sobre o argumento cosmológico de Kalam
http://www.monergismo.com/textos/apologetica/Argumento_Cosmologico_Kalam_Isaias.pdf
È muito bom!Abraços

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