quinta-feira, novembro 12, 2009

A mutação do "super bebé"

Há alguns anos trás, as reportagens acerca dum "super bebé" alemão propagaram-se um pouco por todo o mundo. 1 O bebé tinha na altura apenas 4 anos, mas as suas coxas possuíam já o dobro da massa muscular presente nas coxas doutros bebés da mesma idade.

Ele era suficientemente forte para segurar 3 kgs com os braços esticados, coisa que é complicada para muitos adultos. A sua força é o resultado de uma mutação genética (uma erro de cópia nas "instruções" do ADN) que lhe deram uma quantidade extra de massa muscular.

A mãe do bebé, uma senhora musculada praticante de corridas de velocidades, tem uma cópia desta mutação, mas emparelhada com um gene normal. O irmão dela, bem como 3 outros membros familiares masculinos próximos dela, aparentam ter a mesma mutação uma vez que eles são, também, bastante fortes. Um deles trabalhava nas construções e era capaz de descarregar pedras pesadas com as suas próprias mãos.

O bebé tem duas cópias deste gene, o outro proveniente sem dúvida do pai.

A evolução está finalmente provada?

Uma vez que o bebé está "maior e melhor" não será isto um exemplo da "evolução em acção"? Nem por isso.

Como acontece sempre que a ciência investiga as supostas "evidências para a evolução", esta mutação não serve de suporte para a teoria que afirma que as formas de vida são o resultado de forças não inteligentes.

A Ciência Explica

O crescimento muscular é normalmente controlado, e uma dos "controladores" é uma proteína chamada miostatina ou factor 8 de crescimento e diferenciação (GDF-8). Esta mutação, por incrível que pareça, danifica o gene que produz a miostatina.2 Como resultado, a proteína miostatina não é formada normalmente e os músculos crescem de forma descontrolada.

A evolução "bactéria-para-bebé" requer uma enorme quantidade de mutações que incrementem a informação genética, de forma a produzir novas estruturas e novos enzimas que não existiam previamente. Se tal estivesse a acontecer, seria de esperar nós observarmos imensas mutações que aumentassem a informação genética, mas até hoje os ateus foram incapazes de fornecer uma só.

O que nós observamos, no entanto, são mutações que 1) ou são neutras ou 2) são causadoras de perda de informação genética.3 Todas estas mutações que a ciência observa estão perfeitamente de acordo com a Palavra de Deus, quando ela afirma que Deus criou o universo e toda a vida lá contida em 6 dias (Êxodo 20:11).

Convém ressalvar que a Bíblia não contradiz a posição que afirma que existam mutações benéficas, isto é, mutações que confiram ao portador alguma vantagem em relação aos demais. Mas em termos de informação genética, estas mutações caminham na direcção contrária à esperada pelos evolucionistas.

A mutação do "super bebé" não só é mais uma na longa lista de mutações informaticamente negativas (perda de informação) que, no entanto, conferem ao portador uma vantagem, como também não explica como é que músculos e a miostatina evoluiriam originalmente. A perda progressiva de informação genética não só não é argumento contra o criacionismo, como também não é evidência a favor da evolução ateísta.

Esta mutação não só foi observada em seres humanos, como também em alguns animais.4 As vacas Piamontesas e a vaca Azul Belga são extremamente musculadas precisamente porque uma mutação causa a produção de uma proteína miostatina defeituosa.5 O mesmo se verifica em ratos.

Conclusão

A questão levante-se se esta mutação será realmente benéfica a longo prazo uma vez que a mesma, na vaca Azul Belga, tem efeitos secundários. Por exemplo, a mutação reduz a fertilidade, e os médicos estão preocupados com os efeitos da mesma mutação no super bebé, (pode vir a sofrer de problemas de saúde relacionados com o coração).

Se as formas de vida foram de facto criadas por Deus como diz a Bíblia, então será de esperar que a miostatina exista por uma razão. Remove-la do nosso sistema pode trazer uma vantagem a curto prazo, mas desvantagens a longo prazo.

O ponto principal disto tudo é que esta mutação é uma que reduz informação genética. É o mesmo que as baratas que perdem a habilidade de voar numa ilha ventosa. Essa mutação embora benéfica é o efeito de perda de informação genética.6 Esta mutação não explica a origem das asas, nem como é que as baratas evoluíram, como tal, não é evidência contra o criacionismo nem evidência a favor da evolução.

Mostrar como é que um sistema biológica funciona não é evidência contra a posição que afirma que o mesmo foi criado por Deus, do mesmo modo que mostrar como é que um carro funciona não é evidência em favor da posição que afirma que eles não foram projectados e construídos por engenheiros e mecânicos.

Funcionamento não explica origem.


Referencias
  1. Linda Johnson, Doctors discover genetic mutation that makes toddler super strong, Anchorage Daily News, 23 June 2004, .
  2. Markus Schuelke, Kathryn R. Wagner, Leslie E. Stolz, Christoph Hübner, Thomas Riebel, Wolfgang Kömen, Thomas Braun, James F. Tobin, Ph.D., and Se-Jin Lee, Myostatin mutation associated with gross muscle hypertrophy in a child, New England Journal of Medicine 350(26):2682–2688, 24 June 2004.
  3. Batten, D., The adaptation of bacteria to feeding on nylon waste, TJ 17(3):3–5, 2003; R. Truman, The unsuitability of B-cell maturation as an analogy for neo-Darwinian Theory, , March 2002.
  4. Anon., Muscular cattle: a beneficial mutation? Creation 20(4):9, 1997.
  5. J. Travis, Muscle-bound cattle reveal meaty mutation, Science News 152(21):325, 22 November 1997.
  6. Carl Wieland, Beetle Bloopers, Creation 19(3):30, 1997.

Modificado a partir do original.

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